Quando chegou lá estava o pasteleiro. Algemado, bêbado, aos prantos. Ela não deu queixa. O levou pra casa, lhe emprestou as roupas do marido, fez uma sopa quente pra ele. Abriram uma garrafa de vinho, conversaram e ele então contou do caso que havia tido com a filha dela. Os dois choraram ao lembrar-se das manias e da beleza dela.
Ele queria tanto relembrá-la que nem se importou que a própria mãe pedisse a ele que contasse como a filha era na cama. Do que ela gostava, o que ela fazia que o deixava louco, como ela gemia.
Quando ela voltou do banheiro vestindo as roupas da filha, foi dito e feito. Os dois encontraram o que estavam buscando e gozaram de todo o prazer doentio que aquilo fosse capaz de proporcionar. Havia uma nova forma de manter vivo o amor que ambos sentiam por ela. E assim eles se amaram pela primeira vez.